Para a grande maioria da população, receber R$ 900 na conta de uma só vez pode ser uma boa notícia. O que nem todo mundo sabe é que existe a possibilidade de conseguir esse dinheiro vendendo apenas uma moeda antiga.
Como se sabe, o Brasil conta com uma vasta história monetária. Na prática, isso significa que várias moedas já aram pelos nossos comércios no decorrer dos últimos séculos. Algumas delas, aliás, já podem ser consideradas valiosas.
É o caso, por exemplo, da moeda de 400 Réis do ano de 1936. De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, essa peça pode ser vendida em 2025 por nada menos do que R$ 900 em alguns casos específicos.
A moeda de 400 réis
Logicamente, a moeda de 400 Réis do ano de 1936 não está mais em circulação na nossa sociedade. Mesmo por isso, é natural que a grande maioria da população não consiga identificar esse item com muita facilidade.
Para ajudar nesse processo de identificação, vamos listar abaixo um grupo com as principais características desse exemplar, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pela Casa da Moeda.
- Material: cuproníquel
- Diâmetro: 28,0 mm
- Massa: 10,00 g
- Espessura: 2,10 mm
- Bordo: liso
- Titulagem: Cu 750, Ni 250
- Eixo: reverso medalha (EV) ?
- Desenho do Anverso: Efígie de Oswaldo Cruz tendo à esquerda a palavra OSWALDO em duas linhas soprepostas (OSWALDO + CRUZ) e, à direita, a palavra CRUZ. Sob a palavra CRUZ, monograma do gravador Calmon Barreto. Micro-biologista.
- Desenho do Reverso: Entre dois filetes, uma lâmpada acesa, encimada pela inscrição circular BRASIL sobreposta à data. No exergo, entre dois pontos, 400 RÉIS, seguido pela sigla do desenhista Walter Toledo.
Os valores da moeda
Como dito, a moeda de 400 Réis do ano de 1936 pode chegar a ser vendida a R$ 900. Mas tudo vai depender do grau de conservação do exemplar.
Tomando como base de catálogos numismáticos mais atualizados é possível afirmar que essas peças podem ser vendidas por algo entre R$ 10 e R$ 900 a depender da qualidade da sua face.
Na imagem abaixo, essas indicações se tornarão mais claras:
Entendendo as classificações
Para os iniciantes, as inscrições da imagem acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
- MBC
O termo MBC significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
- SOB
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
- FDC
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
- FDCe
Uma moeda é considerada certificada quando são encapsuladas por grandes certificadores, como a Numismatic Garanty Company (NGC), e a Professional Coin Grading Service (PCGS). Para os especialistas, estas indicações seriam a certeza do real estado de conservação da peça, e também da integridade da mesma.
As moedas do Brasil
O Brasil já contou com várias moedas no decorrer da sua história. Abaixo, você pode ver um resumo da nossa história monetária:
- Período colonial a 1942 – Réis;
- De 1942 a 1967 – Cruzeiro;
- De 1967 a 1970 – Cruzeiro Novo;
- De 1970 a 1986 – Cruzeiro;
- De 1986 a 1989 – Cruzado;
- De 1989 a 1990 – Cruzado Novo;
- De 1990 a 1993 – Cruzeiro;
- De 1993 a 1994 – Cruzeiro Real;
- De 1994 até os dias atuais – Real.
