A fila de espera para entrada em benefícios previdenciários segue crescendo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) mostram que atualmente mais de 1,3 milhão de brasileiros de todas as regiões estão esperando por uma resposta.
Os números em questão são referentes ao mês de março, e foram obtidos pelo IBDP via Lei de o à Informação. Em comparação com os números registrados em janeiro deste ano, podemos dizer que estamos falando de um aumento de 6% no tamanho da fila de espera do INSS.
Ao mesmo o em que a fila de espera do INSS cresceu nos primeiros meses do ano, o tempo médio de espera por uma resposta caiu. De acordo com os dados divulgados nesta semana pelo IBDP, o cidadão precisa esperar, em média, 71 dias por uma resposta. Em janeiro deste ano, este prazo médio estava atingindo a marca dos 85 dias.
De todo modo, é importante destacar que as situações são complexas e costumam variar de acordo com o benefício previdenciário que está sendo solicitado pelo cidadão.
A fila de espera de cada benefício
Auxílio de inclusão à pessoa com deficiência
- Tamanho da fila em janeiro: 4.002
- Tamanho da fila em março: 3.862
- Variação: -3,50%
- Tempo médio de espera atualmente: 101 dias
Pensão por morte
- Tamanho da fila em janeiro: 120.140
- Tamanho da fila em março: 137.042
- Variação: + 14,07%
- Tempo médio de espera atualmente: 66 dias
Auxílio-reclusão
- Tamanho da fila em janeiro: 8.339
- Tamanho da fila em março: 10.022
- Variação: + 20,18%
- Tempo médio de espera atualmente: 376 dias.
Auxílio por incapacidade temporária (pós-perícia)
- Tamanho da fila em janeiro: 181.018
- Tamanho da fila em março: 98.079
- Variação: -45,82%
- Tempo médio de espera atualmente: 78 dias.
Aposentadoria por incapacidade permanente
- Tamanho da fila em janeiro: 19.053
- Tamanho da fila em março: 19.421
- Variação: + 1,93%
- Tempo médio de espera atualmente: 161 dias
Auxílio-acidente previdenciário
- Tamanho da fila em janeiro: 4.825
- Tamanho da fila em março: 5.050
- Variação: + 4,66%
- Tempo médio de espera atualmente: 150 dias
Aposentadoria por idade
- Tamanho da fila em janeiro: 194.022
- Tamanho da fila em março: 251.310
- Variação: + 29,52%
- Tempo médio de espera atualmente: 54 dias
Aposentadoria por tempo de contribuição
- Tamanho da fila em janeiro: 100.882
- Tamanho da fila em março: 129.343
- Variação: + 28,21%
- Tempo médio de espera atualmente: 57 dias
Pensão por síndrome de Talidomida
- Tamanho da fila em janeiro: 131
- Tamanho da fila em março: 130
- Variação: + 0,77%
- Tempo médio de espera atualmente: 318 dias
Salário maternidade
- Tamanho da fila em janeiro: 136.912
- Tamanho da fila em março: 131.465
- Variação: -3,98%
- Tempo médio de espera atualmente: 30 dias
Amparo Social a pessoa com deficiência
- Tamanho da fila em janeiro: 392.979
- Tamanho da fila em março: 430.285
- Variação: + 9,49%
- Tempo médio de espera atualmente: 162 dias
Amparo Social ao Idoso
- Tamanho da fila em janeiro: 64.860
- Tamanho da fila em março: 81.270
- Variação: + 25,30%
- Tempo médio de espera atualmente: 36 dias
Auxílio por incapacidade temporária acidentária
- Tamanho da fila em janeiro: 1.840
- Tamanho da fila em março: 1.513
- Variação: – 17,77%
- Tempo médio de espera atualmente: 74 dias
Auxílio por incapacidade permanente acidentária
- Tamanho da fila em janeiro: 638
- Tamanho da fila em março: 582
- Variação: -8,78%
- Tempo médio de espera atualmente: 164 dias
Auxílio acidente
- Tamanho da fila em janeiro: 1.251
- Tamanho da fila em março: 1.335
- Variação: + 6,71%
- Tempo médio de espera atualmente: 163 dias
Números totais
- Tamanho da fila em janeiro: 1.231.322
- Tamanho da fila em março: 1.301.335
- Variação: + 5,69%
- Tempo médio de espera atualmente: 71 dias
Aumento no orçamento
Em entrevista recente, o Ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT) reconheceu o problema causado pelo aumento da fila de espera para entrada em benefícios do INSS. Ele disse que vai precisar encontrar mais espaço no orçamento para conseguir reduzir a lista de espera.
O argumento do Ministro parte da ideia de que a partir do momento em que o Governo Federal insere mais pessoas no sistema do INSS, mais dinheiro terá que ser realocado dos cofres públicos.
“Além do crescimento vegetativo por ano, que é 1 milhão, você vai ter de 800 mil a 900 mil a mais. Então nós temos também que montar nossa posição para as contas de pagamento dessas pessoas”, disse o Ministro.
