Mesmo que você não seja um colecionador profissional, certamente já sabe que nem todas as moedas que circulam por aí no nosso comércio são raras. De fato, a grande maioria dos exemplares são comuns e não valem muito mais do que o valor facial.
Mas isso não significa necessariamente que o Brasil conta atualmente com poucas moedas raras em circulação. Estamos falando de peças que contam com algumas características específicas. São justamente esses pontos que costumam encantar os colecionadores.
A boa notícia é que você não precisa ser um especialista na área da numismática para entender se a moeda que você encontrou é rara ou apenas um exemplar comum. Com a informação certa, você poderá fazer essa identificação em segundos.
A moeda de 10 centavos
A moeda de 10 centavos da segunda família do Plano Real começou a ser fabricada e posta em circulação ainda no ano de 1998. De lá até aqui, ano após ano a peça caiu no gosto de comerciantes, compradores e numismatas.
Para ajudar no processo de identificação deste exemplar, vamos listar abaixo um grupo com as principais características do item, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: bronze sobre aço
- Diâmetro: 20,0 mm
- Massa: 4,80 g
- Espessura: 2,23 mm
- Bordo: serrilhado
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1998 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie de D. Pedro I – proclamador da Independência, primeiro imperador do Brasil -, ladeada pelo dístico Brasil e por cena alusiva à proclamação da independência política do País, ocorrida em 7 de setembro de 1822, em São Paulo, às margens do ribeirão Ipiranga.
- Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.
Dom Pedro I
Uma das principais curiosidades sobre a moeda de 10 centavos da segunda família do Plano Real é que ela conta com a representação de uma das figuras mais conhecidas da história do Brasil: Dom Pedro I. Ele foi um dos principais condutores do país no processo de Independência da Coroa Portuguesa.
De acordo com historiadores, Dom Pedro I foi muito criticado pelo seu autoritarismo, o que motivou o seu divórcio com as elites brasileiras. No meio da crise, ele renunciou ao trono em 1831 e voltou a Portugal.
Os valores das moedas
Mas, afinal, quais são as 21 moedas citadas neste artigo que podem render um bom dinheiro no final das contas?
Segundo os catálogos numismáticos mais atualizados, para que uma moeda de 10 centavos seja considerada valiosa é preciso que ela conte com uma característica específica conhecida como reverso invertido.
Atualmente, existem 21 peças como estas catalogadas. veja na imagem abaixo:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.