Se você se inscreveu no Concurso Nacional Unificado (CNU), mais conhecido como Enem dos Concursos, precisa ficar atento ao noticiário desta quinta-feira (4). De acordo com informações do Ministério da Gestão, hoje é um dia muito importante para o certame.
O motivo: nesta quinta (4), o Ministério deverá realizar uma coletiva de imprensa para detalhar o novo cronograma da prova. A coletiva em questão está marcada para ocorrer a partir das 10h.
Vale lembrar que as provas do Enem dos Concursos estavam marcadas para o dia 5 de maio. Contudo, diante da tragédia que se abateu sobre o Rio Grande do Sul, o Ministério da Gestão decidiu adiar a prova em todo o Brasil para o próximo dia 18 de agosto.
Nesta quinta-feira (4), a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck vai detalhar não apenas o novo cronograma do concurso, mas também as condições das aplicações das provas. Os locais das realizações do exame, por exemplo, podem sofrer alterações em algumas localidades.
Os blocos temáticos do Enem dos Concursos
Como antecipado pelo Ministério, o Concurso vai seguir contando com oito blocos temáticos. O bloco exclusivo para o nível médio foi o que registrou o maior número de inscrições. Na lista abaixo, você pode conferir o detalhamento:
- Nível Intermediário: 701.029;
- Gestão Governamental e istração Pública: 429.370;
- Trabalho e Saúde do Servidor: 336.284;
- Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos: 300.766;
- Infraestrutura, exatas e engenharia: 121.838;
- Ambiental, agrário e biológicas: 102.922;
- Tecnologia, dados e informação: 77.943;
- Setores econômicos e regulação: 74.283.
Antes, o Ministério da Gestão já havia anunciado a lista completa com o número de vagas que estão sendo ofertadas por cargo. Confira abaixo:
- Ministério da Agricultura e Pecuária e Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia): 520;
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: 296;
- Ministério da Cultura: 50
- Ministério da Educação: 70;
- Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos: 1480 vagas;
- Ministério da Saúde: 220;
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços: 110;
- Ministério dos Direitos Humanos: 40;
- Ministério da Justiça e Segurança Pública: 130;
- Ministério do Planejamento e Orçamento: 60;
- Ministério dos Povos Indígenas: 30;
- Ministério do Trabalho e Emprego: 900;
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários: 30;
- AGU (Advocacia-Geral da União): 400;
- Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica): 40;
- ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar): 310;
- Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas): 502;
- IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): 620;
- Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária): 742;
- Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira): 50
- Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar): 40.
Os cinco cargos que mais receberam inscrições foram:
- Técnico em Indigenismo (FUNAI) – Nível Médio (323.250);
- Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (REGIÃO NORDESTE) (IBGE) – Nível Médio (316.543);
- Auditor-Fiscal do Trabalho (MTE) – Auditoria e Fiscalização (315.899);
- Analista Técnico-istrativo (AGU) – Graduação em qualquer área de conhecimento (297.114);
- Analista Técnico-istrativo (MGI) – Graduação em qualquer área de conhecimento (288.859).
“O exame será dividido em dois turnos no mesmo dia, com questões objetivas e dissertativas. A Fundação Cesgranrio será a responsável pela aplicação. A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será no dia 3 de junho”, disse o ministério da Gestão.
Situação no Rio Grande do Sul
O desastre no Rio Grande do Sul deixou uma marca de mais de 200 mortos, e milhares de pessoas desalojadas ou desabrigadas. Muitos dos atingidos estavam aptos a realização da prova, mas não conseguiriam realizar o certame porque perderam tudo nas chuvas.
Para além disso, vários dos locais de prova que estavam agendados acabaram sendo danificados pelas fortes chuvas. Devido a este conjunto de fatores, o governo federal optou por adiar a prova em todo o país, e não apenas no Rio Grande do Sul.
“É muito delicado. Como são vários concursos, você imagina o seguinte: as provas já estão nos estados, vão para o local de prova. Você já sabe, em cada sala de aula, quem são as pessoas que vão fazer a prova e para qual concurso elas vão fazer. Então, numa sala de aula, tem diversas provas diferentes. Esse pacote já sai pronto de Brasília. Ele vai chegar lá na sala de aula. Você imaginar mexer numa logística dessa dimensão, com dificuldade de o como estamos, é muito difícil”, disse o ministro da recuperação do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta (PT), momentos antes do adiamento.
