O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta sexta-feira (30) novos dados sobre os índices de desemprego no Brasil. As informações foram retiradas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego do Brasil foi de 6,8% no trimestre encerrado em junho. Quando se compara com o trimestre imediatamente anterior, encerrado em abril, há uma queda de 0,7 ponto percentual na taxa de desocupação.
Já quando se compara com o mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 7,9%, ou seja, também houve uma queda. No final das contas, é possível afirmar que esse é o melhor resultado para um trimestre encerrado em junho desde 2014. Na série comparável, essa é a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2014.
Números absolutos sobre o desemprego
Ainda tomando como base as informações de IBGE, é possível dizer que o número absoluto de desocupados no Brasil teve uma queda de 9,5% contra o trimestre anterior. Atualmente, estima-se que 7,4 milhões de pessoas estejam nessa situação.
O recuo é ainda maior quando comparamos com o mesmo trimestre de 2023, quando a taxa de desocupação era de 12,8%. Do mesmo modo, o IBGE também indicou uma alta de 1,2% na população ocupada, que hoje está na casa das 102 milhões de pessoas. Esse é um novo recorde da série histórica que foi iniciada ainda em 2012.
“Temos uma melhoria importante da renda do trabalho, e boa parte do consumo vem dessa renda. Há uma expansão do consumo das famílias, que gera mais demanda por bens e serviços e, por consequência, mais demanda por trabalho. O mercado de trabalho gera demanda para si próprio”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.
Todos os números do desemprego
Abaixo, você pode conferir todos os números divulgados pelo IBGE sobre a situação do emprego no Brasil atualmente:
- Taxa de desocupação: 6,8%;
- População desocupada: 7,4 milhões de pessoas;
- População ocupada: 102 milhões;
- População fora da força de trabalho: 66,7 milhões;
- População desalentada: 3,2 milhões;
- Empregados com carteira assinada: 38,5 milhões;
- Empregados sem carteira assinada: 13,9 milhões;
- Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões;
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões;
- Trabalhadores informais: 39,4 milhões;
- Taxa de informalidade: 38,7%.
“Parte expressiva da expansão da ocupação no comércio ocorreu por meio do emprego com carteira de trabalho assinada, o que contribui para a melhoria da cobertura de formalidade nessa atividade”, diz Adriana Beringuy, do IBGE.
Repercussão nas redes
Desde o anúncio da queda do desemprego pelo IBGE, vários membros do governo federal decidiram se pronunciar nas redes sociais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, chegou a dizer que quer continuar “tendo sorte”.
Abaixo você pode conferir outras declarações:
Geraldo Alckmin, vice-presidente: “O Brasil atingiu a menor taxa de desemprego para um trimestre desde junho de 2014. Sob a liderança do presidente Lula, ninguém está ficando para trás. Só não vai ter oportunidade para fake news e campanha de ódio.”
Simone Tebet, ministra do Planejamento: “A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,8% no trimestre de maio a julho de 2024, a menor da série histórica para este período. Isso significa mais de 102 milhões de brasileiros empregados. A renda média do brasileiro apresentou ganho real de 4,8% em relação ao ano ado. Um Brasil com mais oportunidades para todos”
Fabiano Contarato, senador pelo PT do Espírito Santo: “Uma ótima notícia para começar o dia. O IBGE divulgou que a taxa de desemprego caiu pra 6,8% no último trimestre. O menor patamar pelo menos desde 2012. Somos 102 milhões de brasileiros empregados. Um recorde que precisa ser muito comemorado! Parabéns, Lula”
Alice Portugal, deputada federal: “A taxa de desemprego caiu para 6,8% em julho, a menor registrada para esse período desde 2012, segundo o IBGE. Esse avanço reflete a recuperação do mercado de trabalho, com 1,1 ponto percentual a menos em relação ao mesmo trimestre de 2023. Com políticas que fortalecem a economia e criam novas oportunidades, seguimos firmes na luta por mais empregos e melhores condições de vida para todos os brasileiros.”
Ao menos até a publicação desta matéria, membros da oposição não tinham se pronunciado publicamente sobre o assunto.
