Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro disse em um de seus discursos que o preço do gás de cozinha poderá ser reduzido em até 50%. A possibilidade surge caso a venda direta do produto ocorra. No entanto, para isso, os impostos que incidem sobre a produção e comercialização do botijão devem ser zerados.
Diante a atual crise econômica que assola o país, o preço do gás de cozinha e do combustível são os que mais am por reajustes. Ambos os produtos se destacam tendo correções expressivas, o que limita o consumo por parte dos cidadãos brasileiros.
“O preço do gás onde é engarrafado está na casa dos R$ 50. Não justifica na ponta da linha estar custando R$ 130. Esse preço vai cair à metade, se Deus quiser, pode ter certeza”, afirmou o presidente.
Após atacar os governadores colocando-os como responsáveis pelo preço alto do gás de cozinha, Bolsonaro se direcionou ao governador de Roraima, Antonio Denarium, ressaltando que ele já havia reduzido o imposto sobre o produto de 17% para 12%.
Desta forma, o presidente informou que com o auxílio parlamentar nos estados de Roraima e Amazonas, a população poderá recorrer à compra direta do botijão de gás de 13kg.
Na ocasião, Bolsonaro ainda citou a Medida Provisória (MP) que está em trâmite na Câmara dos Deputados. A proposta visa liberar a venda direta do etanol e do álcool, barateando o preço do combustível nas bombas.
Ainda durante o seu discurso, o chefe do Executivo lembrou do seu ato no início do ano, em que zerou o PIS/Cofins, tributo sobre o preço dos combustíveis. Além disso, vale ressaltar que em outra oportunidade, sugeriu que o consumidor “pegue o caminhãozinho” e compre o gás de cozinha diretamente na refinaria para garantir um preço mais vantajoso.
Todavia, essa ação não é permitida, visto que é necessário o apoio intermediário de uma distribuidora. Devido a isto, a Associação Brasileira das Entidades Representativas das Revendas de Gás LP (Abragas), disse que a maneira como o presidente trata sobre o assunto é desprezível.
Ademais, a Abragas ainda ressalta que a proposta de Bolsonaro em zerar os impostos para que o preço do gás de cozinha caia pela metade não é possível. Isso porque, “o gás já custa na Petrobras em média R$48,00 por botijão de 13kg e o ICMS mais R$12,50 em média nacional”, esclareceu.
